O jogo de búzios é um sistema oracular e está ligado a prática do Candomblé, devendo ser apenas jogado por pessoas iniciadas na religião.
O aprendizado se dá à medida que o praticante adquire conhecimento e passa por certos preceitos.
A forma mais comum é o jogo de 16 búzios (jogo por odús).
Cada odú tem ligação com um o mais orixás, sendo que estão todos interligados.
Os 16 odús são:
1) Okaran ' Exu
2) Ejiokomeji ' Ogum e Ibeji
3) Etaogundá ' Ogum e Omulu
4) Iorossum ' Iemanjá
5) Oxê ' Oxum
6) Obará ' Oxossi, Xangô e Logum Edé
7) Odi ' Oxossi, Obaluaiê e Oxanguiam
8) Ejionilê ' Oxalá e Oxaguiam
9) Ossá ' Iansã
10) Ofum ' Oxalá e Oxalufan
11) Oawarim ' Ogum, Iansã e Exu
12) Ejilonuborá ' Xangô
13) Odiologan ' Nanã Buruku
14) Iká ' Oxumaré e Ossaim
15) Obeogundra ' Ewá, Obá, Oxumaré e Omulu
16) Alafra ' Oxalá, Oxaguian
Os búzios são lançados sobre uma peneira e de acordo com a sua caída (número de búzios abertos ou fechados) se faz a interpretação pelos sacerdotes.
Os búzios são conchas que foram preparadas em diversos rituais, antes de serem utilizadas.
Antes de se começar o jogo, o sacerdote faz uma série de orações e saudações aos orixás.
Exú, Oxum e Oxalá são os orixás mais ligados ao jogo , além de Ifá que é o próprio orixá da adivinhação.
Além do jogo de 16 búzios, há o jogo com 4 búzios (alafiá) e o jogo com 21 búzios.
Na África a prática do jogo de búzios é concedida apenas aos homens, filhos de Oxum, Exu e Obaluaiê.